sábado, 26 de dezembro de 2009

Bauhaus

Em Abri de 1919, Walter Gropius foi nomeado director da nova Bauhaus em Weimar e nesse mesmo ano foi publicado o Manifesto da Bauhaus.

A Bauhaus, que quer dizer “casa em construção”, procurava reformar a teoria da educação e, com isso, trazer unidades às artes. Para Gropius, a construção era um esforço social, simbólico e intelectual importante e este sentimento está impregnado no ensino da Bauhaus. O currículo incluía um curso preliminar de um ano onde os estudantes aprendiam os princípios básicos do design e da teoria da cor. Depois de concluir este primeiro ano, os alunos iam para várias oficinas situadas em dois edifícios e aprendiam pelo menos uma arte. Estas oficinas pretendiam ser auto-suficientes, trabalhando para clientes privados. Os professores eram conhecidos por “mestres” e alguns deles eram membros de associações locais, enquanto os alunos eram conhecidos como “aprendizes”.

Durante o primeiro ano da Bauhaus, Gropius escolheu três artistas: Johannes Itten, que era responsável pelo curso preliminar, Lyonel Feininger (1871-1956) e Gerhard Marcks. A estes tutores juntaram-se outros expressionistas – Georg Muche (1895-1987) no final de 1919, Paul Klee (1879-1940) e Oskar Schlemmer (1888-1943) em 1921 Wassily Kandinsky (1866-1944) em 1922. Durante o período inicial da Bauhaus, foi o carismático Itten que desempenhou o papel mais importante.

Quando Weimar se tornou a primeira cidade alemã a eleger o Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhos, o subsidio estatal passou para metade e em 1925 Gropius foi forçado a mudar a Bauhaus, que nessa altura era vista como um antro de comunismo e subversão.

A escola foi para Dessau onde os sociais democratas e o presidente da câmara liberal eram muito mais receptivos politicamente para a sua continuação e sucesso. Esta cidade industrial, que beneficiava de empréstimos de assistência vindos da América viabilizados pelo plano Dawes ofereceu à Bauhaus o apoio financeiro de que tão desesperadamente precisava. A ajuda foi dada na condição de a escola se auto-sustentar parcialmente através da produção e venda dos seus trabalhos.

Em Outubro de 1931 os nacional-socialistas, que vinham fazendo pressão para fechar a Bauhaus, chegaram ao poder em Dessau conquistando 19 dos 36 lugares, e em 22 de Agosto de 1932 apresentaram uma moção para fechar a escola. A Bauhaus foi então reaberta por Miess, como escola privada, em Berlim, mas o seu passado politico foi recordado quando os nacional-socialistas chegaram ao poder.


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